segunda-feira, 19 de abril de 2010

O RESGATE DA ESPERANÇA

Tenho caminhado por muitos lugares e visitado igrejas das mais variadas confissões. E tenho presenciado manifestações inconfundíveis do verdadeiro Evangelho. O Evangelho é, por natureza, de difícil comercialização. Não se consegue vender virtudes; jamais conseguiremos vender o projeto da cruz, ou alienar por determinada quantia o perdão divino. Quem, afinal, pagaria para entregar a face ao perverso?

Quantas pessoas estariam dispostas a pagar para sofrer por amor a Cristo? Quantos de nós pagaríamos para nos engajar na causas pela justiça? E quantos ricos aceitariam o Evangelho se tivessem que entregar metade dos seus bens aos pobres e ainda pagar, quatro vezes mais, àqueles a quem houvessem defraudado?

Encontro comunidades que vivenciam com profundidade a natureza do Evangelho. Uma delas é a Igreja Batista de Bultris, em Olinda (PE). É uma comunidade de pessoas, em sua maioria, pobres. Por opção, aqueles crentes construíram um templo sem janelas e portas, com o único propósito de servir como espaço de abrigo aos transeuntes sem-teto.

Ali, os empobrecidos do bairro são acolhidos. A congregação participa dos conselhos municipais e possui núcleos para formação de bancos comunitários em parceria com entidades de educação e serviço para empreendedores pobres. A igreja em Bultrins promove anualmente um fórum de prática e reflexão teológica para representantes de várias comunidades cristãs do Nordeste – assim, consegue passar essa visão e influenciar a vida de muitas outras pessoas.

Conheço de perto também a organização Crianças do Brasil para Cristo, o CBC, formada por membros de várias igrejas em Fortaleza (CE). O CBC não recebe apoio de nenhuma instituição internacional.

Todo custo para apoio escolar, alimentação e socialização de crianças e adolescentes através de atividades esportivas e culturais são provenientes de doações individuais e serviços voluntários, beneficiando mais de 300 menores. Vários daqueles jovens ingressaram na universidade; outros abandonaram a violência e retomaram o caminho dos estudos.

Trata-se de pequenas iniciativas? Por certo. Mas, somadas, elas podem nos surpreender por seus resultados. Sem dúvida alguma, os cristãos têm potencial para fazer muito mais. Há ainda muitos recursos sub-utilizados.

Os dados estatísticos nos indicam que a grande massa evangélica brasileira é ainda composta pela soma das pequenas comunidades, e não pelos grupos evidentes na mídia.

Elas estão distribuídas nas periferias urbanas; nas encostas dos morros; nas regiões ribeirinhas; no semi-árido nordestino. São crentes em Jesus que moram à beira do caminho – à margem dos direitos e à beira da miséria; à margem dos hospitais e à beira da morte; à margem das escolas e à beira da ignorância; à margem do trabalho e à beira da fome.

Por outro lado, esta parte do Corpo de Cristo permanece à margem da competitividade, mas diante da solidariedade; à margem da acumulação, mas vizinha da partilha; à margem do lucro, mas próxima da gratuidade; à margem do individualismo, mas de braços abertos para a fraternidade. Eles me ajudam a interpretar e entender a manjedoura, a encarar o sofrimento, a encontrar no calvário sinais de vida e ressurreição.

Eles podem me trazer lembranças das coisas que resgatam a esperança da vida. Deus continua se revelando de maneira estranha e em lugares imprevisíveis – e nós não percebemos.


Carlos Queiroz é professor, escritor e diretor-executivo da Visão Mundial Brasil. Pastoreia a Igreja de Cristo em Fortaleza (CE)

FONTE:revista cristianismo hoje

segunda-feira, 12 de abril de 2010

A IGREJA DE PONTA CABEÇA?


Em 2007, o norte-americano Dennis Oppenheim criou uma escultura bem inusitada: uma igreja virada de cabeça para baixo, chamada de Device to Root Out Evil (dispositivo pra erradicar mal). Inicialmente, foi aclamado na Bienal de Veneza daquele mesmo ano, mas desde então o trabalho vem gerando muitas controvérsias. A obra foi oferecida ao fundo publico de arte de Nova York, mas foi recusada com medo de estimular reações negativas da igreja e religiosos. Em 2006 a escultura foi comprada por uma fundação privada de Vancouver, no Canadá, por mais de 300 mil dólares, e passou a ficar no Harbour Green Park. Depois de quase dois anos, sobre a reclamação de que estava bloqueando a vista do porto, foi retirada do parque. Passou por alguns outros locais na cidade e foi parar no Glenbow Museum de Vancouver, onde aguarda patrocinadores e outro local apropriado para. Independente do local, anualmente milhares de turistas não perdem a chance de ver de perto a tão polêmica escultura, tornando-a mais uma “atração pra lá de curiosa”.

fonte:blog.multitrip.com.br

E VOCÊ QUERIDO LEITOR, TIRE SUAS CONCLUSÕES!
PAZ!!